Rosa é a frequência do amor.
Mas essa energia difere ligeiramente da expressa no vermelho, que é o amor apaixonado e, às vezes, ciumento, possessivo e egoísta.
A rosa vermelha é o símbolo dessa paixão arrebatadora que inclui também o desejo sexual.
Já a de cor “rosa” representa um amor mais delicado, subtil, transcendente.
A vibração do amor rosa não exige condição para existir ou se expressar.
Conhecer um ser humano que consiga amar incondicionalmente é difícil, mas não impossível.
É difícil porque não basta querer amar incondicionalmente, para isso é necessário destituir-se completamente do ego e de suas projeções, expectativas, julgamentos de valor, simpatias e antipatias, desejo de poder sobre o outro, mágoas, rancores, isto é, de todos aqueles sentimentos que obstruem o coração e impedem de reconhecermos o nosso semelhante como parte de nós mesmos e, por isso, de aceitá-lo como é, e perdoá-lo por suas imperfeições.
O ato do perdão é salutar para que o amor flua para nós e a partir de nós: O perdão é o próprio amor incondicional em ação.
Amar é, primeiramente, perdoar.
Por outro lado, quem não ama a si mesmo incondicionalmente não é capaz de amar alguém da mesma forma, pois não podemos dar aquilo que não temos.
Também não adianta perdoar o outro se também não reconhecemos e aceitamos nossas próprias imperfeições, nem nos perdoamos por elas, acabando por projetá-las e reconhecê-las nos outros, de forma inconsciente.
A energia rosa refere-se, antes de tudo, ao amor incondicional que devemos direcionar a nós mesmos e que inclui o cuidado, a consideração, a estima, o valor e a compaixão que nos atribuímos.
Porque uma vez que reconhecemos o semelhante como parte de nós, e se nos amamos incondicionalmente, então o acto de amar o outro será a extensão desse auto-amor; mas se amamos o próximo mais do que a nós mesmos, então o que temos é uma relação de dependência emocional e não um relacionamento saudável e equilibrado.
A família é o núcleo onde é possível encontrar esse amor incondicional.
O amor dos pais pelos filhos e, por extensão, dos avós pelos netos e vice-versa, nos parece palpável; mas, infelizmente, e isso é duro de se testemunhar, assistimos em nosso mundo indivíduos de uma mesma família maltratando-se e matando-se uns aos outros, incluindo pais e filhos.
Parece-me que esse extremo é o exemplo mais claro (e cruel) da falta de amor na alma e coração humanos; algo que não ocorre em nenhum reino da natureza, pois os animais quando matam é por instinto de sobrevivência; e nunca se soube de qualquer caso de animais maltratando-se entre si por pura perversidade.
Rosa é o vermelho com Luz.
O Despertar é o ancoramento da luz (amor) no coração.
É a abertura definitiva do chacra cardíaco.
Isso se dá na medida em que começamos a deixar de nos preocupar com nosso próprio “jardim” (o instinto animal de sobrevivência do vermelho) e começamos a nos preocupar também com o “jardim vizinho” (o rosa do amor incondicional).
Será que é possível a completa auto-realização na medida em que nos conformamos que o jardim do lado seja um deserto, enquanto o nosso é um oásis?
Os Grandes Seres Despertos abrem mão do Nirvana a que têm direito para continuarem na sua missão de acordar almas, e não descansarão na felicidade eterna do Éden enquanto houver uma alma sequer em sofrimento.
Isso é amor incondicional.
Ainda poderíamos falar sobre muitos aspectos desse amor incondicional, mas não caberia neste artigo, então deixo para vocês, amados leitores e companheiros de jornada, uma pergunta que pode ser um exercício que os ajudará a detectar os aspectos de suas vidas onde precisam ser mais amorosos, mais compreensivos e compassivos para que o amor possa voltar a fluir, lembrando sempre que o amor que projetamos (ou a falta dele) é o amor que recebemos (ou não).
A pergunta é:
– Qual o aspecto de minha vida que preciso colocar mais amor?
Família, relacionamentos, trabalho, amigos, vida espiritual, saúde, eu mesmo?
Aliviem seu coração!
Perdoem e liberem sentimentos, situações, recordações e pessoas para que mais luz possa ocupar os seus espaços internos e externos (novamente).
(Daniele Alvim)
Retirado de: SonhosBR