Amor, Liberdade e Solidão, Osho – Amor incondicional

Pág.8, Prefácio

“Neste momento, você chama amor àquilo que é dirigido a alguém, limitado a alguém. E o amor não é um fenómeno que possa ser circunscrito. Pode tê-lo nas suas mãos abertas, mas não nos seus punhos fechados.”

Amar, como vale a pena amar, implica um relacionamento tão trabalhado e profundo que nos possamos dar ao luxo de nos esquecermos de nós mesmos e funcionarmos em relação às necessidades do outro. Isto seria neurótico no caso de seres humanos que não possuem uma espiritualidade trabalhada e que não praticam uma atitude vigilante face aos seus actos. Normalmente leva sempre a que alguém se aproveite do outro. No entanto, se as duas pessoas estiverem despertas para a necessidade de amar incondicionalmente, se estiverem atentas ao seu modo de agir, garantirem que agem com base no amor, a relação só poderá progredir cada vez mais, aprofundar-se cada vez mais, os seus laços tornarem-se cada vez mais fortes e ao invés do habitual desgaste decorrente de anos de relacionamento, o que sucede é uma ligação profunda que ultrapassa a barreira da morte e mantém as pessoas unidas para além dela.

Ao agirmos no interesse de outrem, não faz sentido manter essa pessoa numa prisão… o seu bem-estar e a sua felicidade será para nós sempre o mais importante, só funcionando isto se a outra pessoa estiver com a mesma motivação que nós. Claro que podemos e talvez devamos agir assim em certos contextos que não este e mesmo que se gere uma relação em que o outro não mereça ou não saiba retribuir, se a pessoa em causa tiver consciência e convicção no facto de estar a agir correctamente, o que acontecerá certamente é que acabará por se libertar do relacionamento com a pessoa que não merece esse tipo de atitude e acabe a encontrar alguém que saiba reconhecê-la e valorizá-la, eventualmente até desperte em si atitude semelhante.

O domínio da mente é vasto e não se circusncreve aos limites da caixa craniana, muito menos a nossa consciência se limita ao que pensamos de forma consciente; existem diversos níveis de consciência. É inquietante, mas é mais aquilo que fazemos de forma inconsciente do que o que fazemos de forma consciente. Urge por isso tomar consciência dos nossos próprios processos mentais de forma a sabermos ao certo o âmbito das nossas atitudes, para não só não ficarmos surpresos quando sentimos os efeitos das nossas próprias acções, como também para modificarmos as nossas acções inconscientes que possam ser negativas, evitando assim “atrair” para nós coisas negativas também.

O Universo é como um conjunto de matrioskas: composto de sistemas que funcionam à semelhança dele próprio. A mente de um ser humano é uma réplica do próprio Universo; é ela também um sistema, tal como o Universo em que se encontra. Tal como dizia a minha professora de Matemática: se é verdade que o todo contém a parte… também é verdade que a parte contém o todo. Se o Universo contém a nossa mente, então também é verdade que a nossa mente contém o Universo. Assim, o TODO está em nós; na teoria podemos ser e ter tudo o que quisermos; claro que, apesar disso, à partida, há restrições, mas assim se expanda a consciência e essas restrições vão sendo progressivamente dissolvidas.

Uma mente cheia de amor funciona por osmose em relação ao meio exterior. Essa mente vai transbordar de amor para fora e inundar a sua vida, assim como os acontecimentos a que está sujeita. Se dentro de uma mente tudo funciona de forma positiva, também ao seu redor existe essa tendência. O funcionamento interior reflecte-se no exterior.

Assim, se formos seres amorosos e compassivos, geraremos um desequilíbrio tão grande face a seres que não o são, que acabaremos a afastá-los da nossa vida. E quem diz seres, diz situações também; enfim, tudo, tudo aquilo que não possua energia correspondente.

Fonte: http://spiritualandnonreligious.blogspot.pt/2009/08/amor-liberdade-e-solidao-osho-amor.html

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